Brasília-DF. Primeiro de maio foi marcado por manifestações a favor do governo Bolsonaro, onde manifestantes mais uma vez se aglomeraram, muitos não usando máscaras como se não estivéssemos numa pandemia.
A Polícia Militar do Distrito Federal estimou cerca de 2 mil manifestantes, que se juntaram no gramado em frente ao Congresso Federal na Esplanada dos Ministérios ao som de um trio elétrico alguns apoiadores gritavam frases de ordem.
Em meio as faixas e cartazes foram vistos mais uma vez, frases que ferem os direitos constitucionais e incitam a desordem entre os poderes, numa provocação ao STF (Superior Tribunal Federal) e apologia a ditadura pedindo intervenção militar.
O Deputado Federal Eduardo Bolsonaro esteve presente na Esplanada e tirou selfie com os apoiadores de Bolsonaro, na maioria do tempo em que caminhou entre os manifestantes, manteve a máscara no queixo.
O primeiro de maio é o dia em que os trabalhadores comemoram o primeiro ato de greve, que aconteceu no século XVIII em Chicago nos Estados Unidos, onde os trabalhadores cruzaram os braços para que, seus empregadores baixassem a carga de trabalho a época.
Tudo isso não seria surreal, se o Brasil não tivesse alcançado a marca de mais de 405.000 mortos por Covid-19 na última semana, e enquanto isso o governo nada faz para comprar vacinas e acelerar a imunização da população.
O Presidente Jair Bolsonaro passeou de helicóptero sobre os manifestantes, mas não aterrissou a aeronave como das últimas vezes, talvez por ver uma quantidade pequena em Brasília. O vídeo publicado em seu Twitter, o presidente aparece ao lado do empresário e dono da Havan Luciano Hang no helicóptero presidencial.
Em outro vídeo publicado nas suas redes sociais, Bolsonaro diz: “antigamente o primeiro de maio era estampado com a cor vermelha, agora os verdadeiros trabalhadores estão manifestando”, fazendo alusão as forças sindicais que, todos os anos sempre comemoraram na Esplanada dos Ministérios e em outros pontos do país.
Dessa vez a CUT e os sindicatos fizeram uma manifestação diferente e totalmente virtual, para não exporem as pessoas ao risco do vírus. A transmissão teve a participação dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma, que culparam em parte as mortes acontecidas no Brasil a falta de ação ao combate da pandemia do governo Bolsonaro.